5 de setembro, 5 perguntas a Madre Teresa...

Hoje, o mundo recorda Madre Teresa no 13º aniversário da sua morte. Quem teve a graça de conhecê-la, sempre recebeu apoio, encorajamento e muita sabedoria. No aeroporto de Turim, em maio de 1980, Madre Teresa aceitou de responder a algumas perguntas de Ernesto Olivero (que nas décadas de 70 e 80 a convidou várias vezes para falar aos jovens). Publicamos uma síntese dessa entrevista...

Mother, quem são os pobres que precisa ajudar? Você e eu!

Explique melhor...

Eu não preciso de dinheiro supérfluo; eu quero que vocês compartilhem o vosso sacrifício, as vossas orações; doem as vossas mãos para servir a nossa gente, o vosso coração para amar, mantenham puros os vossos corações porque só assim enxergaras os pobres. Antes de ver e entender os pobres tem que reconhecer que somos nós os pobres, por isso Jesus falou: “aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”.

Doar a vida a Deus, se consagrar a Ele... muitos dizem que é desperdiçar a vida.

Desperdiçar a vida é não viver segundo Deus. Nós fomos escolhidos para pertencer a Ele. Ele quis se abaixar até nós para nos escolher como Sua mão, Seus olhos, Seu coração. Hoje, Deus ama o mundo através de nós, nos envia para levar o Seu amor e Sua Compaixão e, através de nós, Ele envia repetidamente Jesus. Acho que uma coisa assim não é desperdiçar a vida. Uma vida gasta a serviço de Deus é o mais belo dom de Deus á humanidade.

A senhora recebeu muitos reconhecimentos. Como é que uma amiga de Jesus interpreta estes prêmios?

Os prêmios que me dão são somente um instrumento que a gente utiliza. De fato, os prêmios são concedidos em nome dos pobres e para os pobres. É também um sinal de que as pessoas começam a perceber, a tomar consciência, que os pobres existem, começam a assumir uma responsabilidade e, portanto, sabendo que a gente está trabalhando para ajudá-los, se servem da gente para dar algo aos pobres. Os prêmios pertencem aos pobres. Eu sou apenas um instrumento, as mãos que recebem e distribuem.

Qual é o segredo da felicidade?

Temos que escolher de nos tornar pobres e alcançar esta liberdade: se queremos ser mesmo como Jesus e capazes de amar livremente, então também nós, como Ele, temos que nos tornar pobres, não porque temos que ser pobres como os pobres, mas porque escolhemos de ser pobres como Cristo, esta é a causa da felicidade. Se nos tornamos pobres, seremos livres, puros de coração e poderemos ver Jesus em cada um de nós, porque ele não pode mentir e Ele disse: “Tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber, era forasteiro e me recolhestes...”. Fazendo isso a Ele através dos pobres, nos espalhamos o Seu amor através da caridade.