Quem olha a lua?
Pubblicato il 11-09-2009
Nós temos um grande desejo nestes dias: organizar um Encontro Mundial para fazer com que o mundo pense. Conseguiremos organizar esse Encontro na medida em que servirmos, na medida em que – enquanto caminhamos, enquanto viajamos de avião ou escutamos uma pessoa – permanecemos, de verdade, na presença de Deus. Mas devemos saber que assim como há o bem no meio de nós, há também o mal. O mal se esconde na dúvida, na inveja, no preconceito, no juízo que acabam com qualquer vocação. Eu vi vocações extraordinárias morrer, se perder por nada!
Tinha um sábio que dizia: “Há quem olha a lua e quem olha o dedo. Quem olha o dedo não olha a lua. Quem olha o dedo vê só o seu nariz, vê só a si mesmo”. Eu sonho com uma comunidade – que já existe, já foi “semeada” em nosso meio – que serve continuamente. Nós somos responsáveis também pelas amizades que encontramos, que nos indicaram que há sempre uma lua, um sol, um horizonte maravilhoso por aí.
Dom Luciano, o amigo mais precioso que a Providência nos deu, nos ensinou esta pequena frase: “Posso ajudar? Posso servir?”. Então, em todos os nossos trabalhos, se o fazemos para servir, para amar, o horizonte se amplia constantemente ao nosso redor, e quando encontramos um rapaz de 16 anos de nome Antonio, ele poderá ver em nossas palavras os seus sonhos realizados e chorar de comoção e fazer todos chorarem.
Portanto eu gostaria de agradecer de verdade o Senhor por esses dias, por esses quase 40 mil quilômetros percorridos que, mais uma vez, marcaram muito a nossa vida, a minha vida, portanto: “Buona Giornata, Antonio! Te quero bem!”. Rezemos juntos por este Mundial.
Eu gostaria que nós de Madaba, de São Paulo, da pequena cidade de Bonate – que eu não esqueço, onde está começando uma luta maravilhosa para tornar-se um grupo excepcional – nós de Turim, Milão, Bari, Napoli, lá onde estivermos, nos perguntássemos: “Eu estou servindo os meus amigos? Estou amando os meus amigos? Ou quero somente ser servido e amado?”. Amados, amamos... Buona Giornata, os quero bem.
Ernesto Olivero (fundador do Arsenal e da Fraternidade da Esperança)