460 anos de São Paulo: a metrópole pelo olhar de um italiano solidário...

Pubblicato il 06-01-2014

di ARSENAL DA ESPERANÇA

O “nosso” Lorenzo, missionário do SERMIG - Fraternidade da Esperança há 17 anos em São Paulo, responde às perguntas do Semanário da Arquidiocese. Para a cidade que em 25 de janeiro completará 460 anos de história e de fé, ele doaria... 

Ele tinha 24 anos quando chegou a São Paulo como integrante do Serviço Missionário Jovens (Sermig), do Arsenal da Esperança, que há 18 anos na capital paulista já acolheu 45 mil homens pobres, de diferentes países e de estados brasileiros, e hoje abriga 1.250 pessoas.

“Quando pela primeira vez saí do avião no Brasil, já senti a diferença. Naturalmente, todos falavam português, e eu não tinha aprendido ainda nenhuma palavra. Aprendi na marra, acolhendo pessoas na portaria do Arsenal. Nos primeiros seis meses, tinha medo da cidade; eu chegava de Milão, uma das maiores cidades da Itália, parecida com São Paulo apenas por ter as mesmas vocações de centro financeiro do país, de criação de moda e de design; mas a cidade onde nasci não tinha nada a ver com aquela que me acolheria pelos próximos anos da minha vida”, contou o italiano Lorenzo Nacheli, que hoje, aos 41 anos, é um dos articuladores do Arsenal e integra a equipe de animação do Setor Juventude de Arquidiocese de São Paulo.

Lorenzo afirma que, como cristão, se sente no dever de ser sinal de esperança para todos e que consegue vivenciar isso no Arsenal, unindo pessoas para a construção de um mundo novo. “Somos sinais de contradição nesta cidade, que se esqueceu de que é feita para o homem e para a mulher. Guiados pela luz da nossa fé, colocamos os cidadãos que nos encontram frente à própria consciência, porque a nossa cidade imensa só se tornará feita para o homem se todos colaborarmos”, avaliou, complementando que São Paulo “é uma grande mãe que não rejeita ninguém. Mas, se não houvesse casas como o Arsenal, para muitos seria difícil entendê-la como mãe. Falamos dos mais de 200 estrangeiros que estão acolhidos no Arsenal e que são somente a ponta do iceberg do grande problema da imigração não qualificada que estamos vendo neste período”, comentou.

Para a cidade que em 25 de janeiro completará 460 anos de história, Lorenzo daria como presente, se pudesse, escolas mais eficientes, “onde os jovens, desde pequenos, aprendessem a não deixar ninguém para trás para subir nas suas carreiras, aprendessem a importância do crescimento da comunidade”, e novos Arsenais, um para cada região. “Sonho com uma acolhida para os mais necessitados em cada paróquia da Arquidiocese, com voluntários organizados que, com revezamentos sábios, se organizassem para acolher pessoas. Seria uma revolução de caridade na nossa cidade”, afirmou.

De Daniel Gomes (Redação do Jornal O SÃO PAULO)

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