Amigos de Jesus, amigos entre nós. (Carta aos amigos - Ernesto Olivero)

Pubblicato il 01-05-2014

di ARSENAL DA ESPERANÇA

Caros amigos, eu lhes escrevo com uma grande emoção no coração, na mente e nos olhos, porque, enquanto vocês estiverem lendo esta carta, eu estarei em Roma, em meio à multidão da Praça São Pedro, um entre tantos, recordando a amizade com João Paulo II. A partir de hoje ele é santo, mas há muito tempo ele já é santo no coração de tantos que se sentiram pessoalmente amados, encorajados nas suas fragilidades, compreendidos nos seus medos, sustentados na sua fé. Entre estes estamos também nós que o conhecemos, que fomos amados e encorajados por ele:
Estou vivendo
no encantamento das lembranças
de João Paulo II
Um homem
papa
que se deixou aproximar
amar
consolar
interromper
que deixou para trás
a sua história
para contar a todos
que escancarar as portas
a Cristo
é finalmente ver
é esperar
é viver
Um homem assim
me queria bem
se sentia
– dizia – 
bem-quisto
Só o silêncio
e o último lugar
custodiam hoje
a emoção que me envolve

Agradecemos juntos a Deus Pai que não permitiu jamais que faltassem sinais para tornar visível a nós o quanto nos ama. É uma graça saber que amigos que nos quiseram bem como Madre Teresa e João Paulo II sejam santos e que outros como Dom Luciano, Cardeal Van Thuan, Hélder Câmara e Giorgio La Pira o serão em breve. É um encorajamento para cada um de nós, para toda a nossa Fraternidade.

Pedimos a esses santos amigos uma ajuda especial para sermos mulheres e homens de comunhão. Especialmente entre nós é preciso construir comunhão. É muito difícil e sabemos disso, mas muitas vezes digo a mim mesmo e também a vocês que quanto mais as coisas são difíceis mais são de Deus. Deus nos ama de um modo especial e se comove com o nosso esforço e com o nosso empenho.

Se pedirmos a Ele, não deixará faltar-nos a graça desse laço entre nós e com Jesus Ressuscitado, dom que o Espírito dá aos amigos de Jesus: amigos de Jesus, amigos entre nós. A comunhão faz a comunidade e a comunidade é feita de comunhão. As pessoas, para retornar a Deus, precisam “ver” esse laço que nos une entre nós e que nos une a Deus, que nos mantém unidos na terra e que nos une ao Céu. As pessoas afastadas de Deus precisam disso para voltar para casa, para voltar a Deus e para reencontrar o sentido do próprio existir. Amigos, é preciso cristianismo! Jesus nos pede e nos recomenda:

“Os coletores de impostos e os pecadores se aproximavam dele para o ouvir. E os fariseus e os escribas murmuravam; eles diziam: ‘Este homem dá boa acolhida aos pecadores e come com eles!’. Então, ele lhes disse esta parábola: ‘Quem dentre vós, se tiver cem ovelhas e perder uma, não deixa as outras noventa e nove no deserto para ir à procura da que se perdeu, até encontrá-la? E quando a reencontrou, ele a acomoda cheio de alegria sobre os ombros, e, de volta à casa, reúne seus amigos e vizinhos e lhes diz: ‘Alegrai-vos comigo, pois eu reencontrei a minha ovelha que estava perdida!’. Eu vos digo, é assim que haverá alegria no céu por um só pecador que se converta, mais do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.” (Lc 15,1-7)

Às vezes aquela ovelha que se perdeu sou eu, às vezes é qualquer um de nós da Fraternidade, às vezes é uma pessoa que encontramos por acaso e então somos chamados a ajudá-la a voltar para casa: saber que somos assim semelhantes nos aproxima e nos ajuda a não julgar ninguém. Mas hoje, como dizia Dom Luciano, são noventa e nove ovelhas fora do pasto! Jesus o sabe, não perde a coragem e, junto com a única ovelha que sobrou perto dele, se põe a procurar todas as outras, pronto a recomeçar do início a cada vez. Eu me coloco à disposição para estar junto com Ele nessa procura?

Neste tempo Jesus Ressuscitado nos pede para aproximar as pessoas, os jovens e as crianças e para dar testemunho do nosso encontro pessoal e único com Ele, nos pede para sermos sinais da Sua misericórdia que é para todos, da esperança que oferece a todos. Onde podemos aproximar uma pessoa, seja na recepção, no trabalho, em um encontro, na Jordânia ou no Brasil, ali é a terra da nossa missão e ali o Senhor quer ser levado. Ele em Pessoa, Ele Ressuscitado, se faz presente para iniciar uma nova história cara a cara com aquele Seu novo amigo.

Caros amigos, Jesus precisa de cada um de nós e sinto que devo encorajar especialmente quem tem mais dificuldade e se sente menos adequado. Exatamente quem tem mais dificuldade é seguido e envolvido com especial cuidado por Deus, como o Seu filho predileto. Encorajo cada um de nós a acreditar que a nossa fraqueza Nele se torna força (2Cor 12,9-10), para todos nós da Fraternidade, para tantas pessoas que têm dificuldade e que olhando para nós dizem a si mesmas “se ela consegue, se ele consegue, eu também posso conseguir”. E a cada um Jesus repete como a Paulo “A minha graça te basta”.

Eu os bendigo, e que vocês me bendigam!
Ernesto
Roma, 27 de abril de 2014.
Festa da Divina Misericória e da canonização de João Paulo II e de João XXIII

Questo sito utilizza i cookies. Continuando la navigazione acconsenti al loro impiego. Clicca qui per maggiori dettagli

Ok