Acredito não estar dizendo uma coisa nova quando digo que muitas pessoas não amam aqueles que dizem acreditar em Deus, porque as vinculam sempre a uma hipocrisia, a um humor (ou estado de animo), o que é algo abominável para mim, porque Deus é amor, Deus é paciência e nós, através do nosso humor Lhe damos uma imagem que Ele não merece.
Então nesta manhã me veio fácil este pensamento:“É fácil dar um pedaço de pão que te sobra. É fácil sorrir quando se está feliz. Mas abaixar a cabeça quando se tem razão, calar quando se quer gritar... é impossível. Se não damos algo de nós, algo que faça tremer o nosso eu, nós não damos nada.”
Acredito que, talvez através deste breve pensamento, deveríamos tentar entender se isso é verdadeiro ou não. Se muitas vezes isto foi verdadeiro na nossa vida, de fazer as coisas boas quando se está de bom humor e de evitar certas situações quando não estamos bem dispostos. Então, que tipo de pessoas somos, se agimos conforme o nosso humor?
Eu gostaria que nós agíssemos com o amor, e não com o humor. Mas temos que saber que o amor é duro, o amor é sempre uma luta tremenda contra alguma coisa que mexe dentro de nós, mas este é o amor que nos leva a Deus, este é o amor que nos faz descobrir a beleza que os outros têm.
Nós, com o nosso comportamento, devemos ajudar as pessoas a compreenderem que são boas, que têm idéias generosas e que podem ser muito generosas e isso só pelo nosso comportamento, apenas nos encontrando. Quando se encontra uma pessoa boa e desarmada, muitas vezes também eu me desarmo.
O Arsenal deve estar próximo das pessoas também neste sentido. Deve ser considerado aquele amigo precioso, porque um amigo verdadeiro pode te guiar, o amigo verdadeiro pode te ver nu, pecador, mas nunca te julgará e continuará com você. Portanto o Arsenal deve ser esse lugar que continua a amar, que continua a dizer que a paz e a esperança são possíveis porque acreditamos de verdade.
Ernesto Olivero (Fundador do Arsenal e da Fraternidade da Esperança)
