Arsenal 20 ANOS: como entramos nessa história...

Pubblicato il 08-03-2016

di ARSENAL DA ESPERANÇA

Não se pode compreender plenamente o que é o Arsenal da Esperança sem saber algo da comunidade que o habita – jovens, casais, monjas, monges, padres – que, dia após dia, vivendo em fraternidade, “constroem” essa casa e os seus serviços, vivendo ou convivendo no próprio Arsenal, onde as coisas acontecem, onde as pessoas precisam, onde vive-se a esperança sobre tudo e apesar de tudo. Antenor nos conta um pouco do seu “caminho que se faz caminhando”, juntamente com a Fraternidade da Esperança...
A primeira coisa que vem à mente é: "o caminho se faz caminhando". Há 17 ou 18 anos, eu tomei contato pela primeira vez com o Arsenal da Esperança, a pedido de Dom Luciano para ajudar na importação de roupas da Itália para São Paulo. Recordo-me, com muita lucidez e com a imagem viva na mente, de como fui recebido por Gianfranco, Alberto, Palladino e Vasco. A acolhida, o sorriso, a bondade me cativaram de imediato e dali nasceu uma bela amizade que depois foi ampliada com Lorenzo, Marco, Simone, Léa, Augusto, Suely alargando ainda mais essa relação de amizade que se estendeu à minha família: Angela, Tiago e Tatiana que sentiram o mesmo carinho. 

Durante muitos anos, tivemos várias atividades de mútua colaboração entre a Organização ligada à CNBB, na qual trabalhei, e o Arsenal da Esperança. Uma das coisas que mais me chamou a atenção, quando chegava ao Arsenal, é que as pessoas da Fraternidade da Esperança realizavam trabalhos dos mais simples aos mais exigentes, com o mesmo espírito. Todos faziam de tudo um pouco.

Muitas vezes fui convidado para participar dos retiros mensais, para ser mais presente no dia a dia, porém, o meu ritmo de trabalho profissional e a distância da cidade onde morávamos não nos permitiam uma presença maior. Mas em ocasiões de eventos ou festas, sempre estivemos presentes e algumas vezes visitávamos a comunidade do Arsenal com os nossos filhos. O caminho dessa amizade foi se fazendo e crescendo sempre. Assim foi até o ano de 2011, quando fomos conhecer o Arsenal da Paz de Turim, com a nossa filha. De volta ao Brasil, começamos a fazer um dia de voluntariado por semana no Arsenal de São Paulo. Viajávamos 120 quilômetros de carro. Depois passamos a dois dias, a três e assim fomos convidados para fazer uma caminhada de conhecimento da Regra da Fraternidade da Esperança participando dos retiros mensais e fazendo parte do grupo de Constância, momento em que se estuda a Regra e a Espiritualidade da Fraternidade da Esperança

Depois de um ano fazendo esse percurso e depois de ter feito a experiência de 35 dias no Arsenal da Paz de Turin, fomos convidados a fazer uma experiência de morar no Arsenal, em São Paulo. Após um mês de reflexão e oração, dissemos SIM e aceitamos esse desafio. Fechamos a nossa casa e passamos a viver no Arsenal e a fazer comunidade com os amigos da Fraternidade. Se por um lado a vida em comunidade tem seus desafios para transformar o nosso EU em NÓS – e isso exige muito esforço e oração – por outro lado tem a alegria da amizade, o querer-se bem, o crescimento na confiança mútua que se conquistam na caminhada da convivência. A oração individual e comunitária, o estudo e a prática da Regra, o Buona giornata diariamente oferecido por Ernesto, os serviços variados que realizamos voluntariamente e como restituição a Deus a serviço dos irmãos em dificuldade nos dão a base e a força para o aprofundamento da nossa espiritualidade, de nos sentirmos sempre na presença de Deus, com a disposição de manter e renovar a cada dia o nosso SIM. 

Hoje, passados mais de três anos, percebemos o quanto crescemos como pessoas e temos uma grande felicidade e gratidão a Deus por ter colocado o SERMIG - Fraternidade da Esperança em nosso caminho. 

É muito bonito nessa caminhada que o espírito de servir nos envolve como "num teatro real da vida", no qual atuamos em vários papéis reais, ou seja, num mesmo dia podemos estar trabalhando na limpeza, na separação de roupas usadas, na recepção, na hospedaria, na cozinha, no Bazar dos acolhidos, acompanhando as escolas que fazem visita nos Arsenais, ajudando a preparar a missa, enfim, o serviço que seja necessário fazer. Isso dá uma dinâmica toda especial para o dia e uma sensação de realização indescritível. Mesmo, muitas vezes, com o cansaço físico, a alegria em servir e em sentir-se na presença de Deus motiva e alimenta o nosso SIM. 

São apenas três anos nesse caminho que "estamos fazendo caminhando". Hoje estamos no Arsenal da Paz, em Turim, sempre em comunhão com os Arsenais de São Paulo e da Jordânia, pois o "estar na presença de Deus nos faz caminheiros da mesma estrada, ajuda-nos a viver um pouco mais como 'simplesmente cristãos'". 
Antenor e Angela Rovida

Questo sito utilizza i cookies. Continuando la navigazione acconsenti al loro impiego. Clicca qui per maggiori dettagli

Ok