Carta à Fraternidade e aos amigos (Quaresma 2012)

Pubblicato il 02-03-2012

di ARSENAL DA ESPERANÇA

A Verdade liberta.
A Verdade cria comunhão.
A Verdade pode ser crucificada,
pode ser ignorada,
mas somente a Verdade
leva a Deus.


Queridos amigos,
Neste tempo de crise, de escândalos, de dificuldades cotidianas muitos pensamentos me assolam o coração mas, sobretudo, um permanece: ser querido por Deus, estar totalmente em seus braços, fazê-lo feliz. A sua felicidade é a minha “paga”, a nossa “paga”. O abandono faz com que nos tornemos como argila, assim Ele nos plasma, nos  torna sua obra, sua unicidade, sua maravilha.
Abandono e confiança em Deus são o meu pensamento estável, juntamente com a pergunta se estamos caminhando sempre mais decididamente em Sua direção ou se estamos indo em direção à normalidade do mundo, que nos faz falar de Deus somente com a boca.
Meu Deus, te amo e me sinto amado por Ti.
Sinto-me junto de ti.
Sinto-te presente em meu coração,
em minha respiração, em meu olhar...
A surpresa me invade continuamente,
e estou cada vez mais grato.
Não é um amor que me fecha em mim mesmo,
é um amor povoado de pessoas
e de perguntas insistentes:
a minha fraternidade, os meus amigos que estimo e que amo
te amam assim?
Estão juntos de ti?
São, um por um, como argila?
Ou a normalidade do mundo é mais convincente do que teu amor?
Senhor faz com que cada um de nós te ame com todo o coração,
te ame perdidamente
com o próprio sim que te oferece
para que Tu sejas feliz.
Senhor não te pedimos para não ter tentações,
Pedimos-te a sabedoria de estar tão junto de ti,
que as tentações, as fraquezas sejam vividas contigo.
Com você tudo passa, mas Tu permanece.
Dá-me a graça de permanecer junto de ti.
Dá-me a graça de permanecer junto sempre, sempre somente de ti.


Queridos amigos,
Nesta Quaresma não peço tanto para que vocês jejuem, não os peço-lhes tanto para renunciar algo importante para vocês, mas para cuidar melhor dos vossos SINS, tornarem-se unicidade para Deus.
O jejum que Deus quer é poder contar com cada um de vocês, presentes de hoje e presentes de amanhã. É jejuar do nosso orgulho, da nossa vontade inconsciente de competir, do medo que nos faz retroceder e não arriscar.
O jejum que Deus quer é que o seu amor nos baste. O seu amor seja o desejo de cada um de nós de hoje, de amanhã, de sempre.
Sinto de verdade o amor de Deus sobre o dom que Ele nos deu e que se tornou um compromisso para cada um de nós, o compromisso com os nossos SINS, o compromisso que adquirimos nas lágrimas, nos contrastes, mas que não deixamos escapar.
Um SIM que cria comunhão entre eu e Deus, entre cada um de nós e Deus e depois entre nós; entre nós e Deus, entre nós e a natureza, as pessoas; entre nós e os famintos, os encarcerados, os pobres...
Esta Quaresma seja a nossa ressurreição definitiva, para que o estupor viva em nós juntamente com o nosso respirar. A oração, a paciência, a fidelidade vivam conosco na normalidade do respirar de cada dia, no desejo incontível, irreprimível deste Amor sem retórica, para fazer tornar a excepcionalidade do encontro com Deus a normalidade do meu amor secreto e evidente; escondido, protegido mas visível.
Quanto mais nós desaparecemos aos olhos das pessoas, mais elas reconhecem Deus em nós, reconhecem em nós a obra de Deus. Rezemos para que o Senhor envolva sempre esta obra com o seu Espírito.
Nunca como hoje peço ao Senhor que os abençoe, que abençoe cada palavra escrita nesta carta para que possa entrar em nossos corações e mentes.
Ernesto Olivero
O ferreiro
faz do ferro uma obra prima
mas o forja com o fogo.
Senhor, Tu o ferreiro
eu o ferro.

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