Esta casa que hoje chamo de Arsenal...

Pubblicato il 01-09-2010

di ARSENAL DA ESPERANÇA

Esta casa que hoje chamo de Arsenal, para mim era apenas um albergue que “recolhia” moradores de rua: recolher, como se fossem objetos e amontoá-los...

A primeira vez que cruzei as portas do Arsenal, foi para participar da santa missa, que meu amigo Pe Vandro celebrava com vocês e esse motivo me fez esquecer que ali haviam moradores de rua. Lembro-me que um de vocês estava na portaria nos recebendo e sorrindo, achei “simpático”, lembro também que não me senti muito a vontade, mas fiquei até o fim.

Em outra ocasião, ouvi o Coral do Arsenal cantar na nossa paróquia, fiquei emocionada com as músicas, o carinho que o Pe. Vandro os tratou, mas ele é padre, pensei, é seu enorme coração que se derrama...

O tempo passou, Deus foi "ganhando" mais espaço na minha vida, fiz amizade com as meninas da paróquia, passei a ler as cartas de Ernesto no blog, fui me enchendo de vontade de conhecê-los e coragem, numa bela terça-feira anunciei que iria acompanhá-las no grupo de oração do Arsenal (não mais albergue), veja só: dessa vez, sai de lá muito mais incomodada porque fui recebida de novo com sorrisos, olhares carinhosos e mais: ouvi a palavra de Deus que ali foi estudada de um jeito simples, mas muito profundo, bonito...

Ali, percebi o quanto a Palavra de Deus é viva: ela acontece no trabalho de vocês, no jeito que vocês nos tratam, no olhar de cada um, no amor que dão àqueles que perderam a esperança, e todos os dias têm que recomeçar, nas ações que realizam pela cidade, simples, corriqueiras, pequenas, mas que fazem acreditar que este mundo ainda pode ser melhor!!!

Obrigada pelo sim de cada um de vocês, pela decisão de um coração que ama in-con-di-cio-nal-men-te todos os dias, acolhe, abraça o pequeno, o fraco, o esquecido, por entregarem a vida, a juventude e escolhendo trabalhar não em benefício próprio, mas para transformar, ser o "sal da terra" como está escrito na Palavra...

"Se eles são bons e disponíveis, por que eu também não posso se-lo?" Esse pensamento do Ernesto tem me acompanhado e incomodado, tenho muito a aprender...

Rezo por Ernesto. Rezo por todos vocês. Um abraço!

Célia

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