Ma haute reconnaissance à Arsenal da Esperança (Semana Nacional da Vida - Imigrantes e refugiados em São Paulo)

Pubblicato il 04-10-2013

di ARSENAL DA ESPERANÇA

Talvez, na correria do dia a dia, tenha acontecido também a vocês de cruzar com alguns maleses, guineanos, congoleses, angolanos, haitianos... DE ONDE ELES VÊM? O que passaram no país deles? Por que estão aqui, o que estão procurando no Brasil? Ainda que nada disso nos interesse, pelo menos deveríamos nos perguntar: “ONDE SERÁ QUE ELES MORAM AGORA?”. Esta é a resposta para centenas deles: “No Arsenal da Esperança”. A antiga instalação onde hoje funciona o Arsenal da Esperança está voltando a ser o que era outrora... Hospedaria dos Imigrantes.

Todos os dias, dois, cinco, oito jovens africanos procuram acolhida no Arsenal da Esperança. Os jovens estrangeiros acolhidos na casa e que estão no Brasil em busca de melhores oportunidades de vida, de estudo e de trabalho, já são mais de duzentos.

Depois de um dia muito triste (3.10.13), de “Vergonha” - assim o definiu o Papa Francisco – em que centenas de imigrantes africanos, inclusive mulheres e crianças, morreram após o naufrágio da embarcação com a qual tentavam chegar à ilha de Lampedusa (Itália), queremos publicar uma carta de esperança e reconhecimento escrita por A.K., um jovem do Mali (África Ocidental) que depois de um período no Arsenal da Esperança se despede dessa casa que hoje considera parte de sua vida. 

Meus queridos amigos do Arsenal da Esperança de São Paulo,
Me sinto muito feliz em escrever esta carta de reconhecimento pelo tempo de estadia no meu Arsenal da Esperança onde me senti respeitado, tratado com dignidade, paz, com igualdade, seguro, feliz. Agora deixo esta casa de solidariedade familiar, de unidade, de reconstrução do futuro perdido, de justiça social, de cidadania, de esperança dos pobres... Para ir à descoberta de uma nova vida, sem esquecer nem por um segundo de que o Arsenal é casa de Deus.

A gratidão que eu sinto por ter entrado neste meu Arsenal junto com a maioria dos africanos e dos outros continentes que chegam com tanto sofrimento e aqui ganham uma vida melhor, livre, é muito grande. Muitas vezes eu me pergunto: “Sem o Arsenal da Esperança o que teria acontecido comigo? Seria um aventureiro?”. Eu hoje, A.K., não tenho palavras para agradecer o Arsenal da Esperança que desde o começo que cheguei em São Paulo e no Brasil tem me guiado para o caminho certo. Até na África e no mundo inteiro eu irei contar a história dessa casa boa de Ernesto e Dom Luciano em que estava e estou muito feliz. Deus os abençoe. 

O Arsenal da Esperança é uma grande família que me deu escola, comida, água, luz, casa, solidariedade e tudo na gratuidade... Durante o meu tempo aqui, felizmente, eu consegui alguns certificados que deram esperança à minha vida: certificado de português, certificado de literatura por parte da biblioteca, certificado de informática com o Senai, curso de contabilidade e aprendi a paciência, a tolerância, a solidariedade, a boa educação, a boa estrada... 

Agora que eu estou saindo, deixo os meus irmãos africanos do Mali e cidadãos de outros continentes, mas eu sempre ficarei à disposição dia e noite do Arsenal da Esperança, nos momentos de necessidade ou de festa, sempre grato e pronto a ajudar. 


Deus protege o Arsenal da Esperança. Deus aceita as orações e as intenções do Arsenal da Esperança. Que os olhos do mundo respeitem o Arsenal da Esperança. Que Deus possa dar muita força e paz ao Arsenal da Esperança. 

Os meus mais sinceros agradecimentos por tudo!

“Bonne chance” amigo!


(Semana Nacional da Vida 2013)

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