O centro da questão são os JOVENS...

Pubblicato il 03-01-2012

di ARSENAL DA ESPERANÇA

O centro da questão não é a droga, mas os jovens, os seus medos, os vazios nos quais correm sempre o risco de serem engolidos. O que fazer? Qual é o “antídoto”? 
Estamos continuamente percorrendo “a estrada que desce de Jerusalém para Jericó” (Lc 10, 30), mas hoje o ferido é o jovem que está sendo atacado pelos assaltantes do nosso tempo: hedonismo, egoísmo, consumismo, droga, pobreza, indiferença, violência... O que faria o samaritano?
Estudantes reivindicando o direito de fumar maconha nos campus, movimentos que lutam pela sua legalização e milhares de jovens que estão consumindo álcool e drogas, usualmente, dos mais diferentes tipos, em plena luz do dia, nas escolas e nas universidades, na cidade e no campo.  
A maioria dos jovens não acredita em nada e ninguém, não dá a mínima para a política ou para as instituições, não se identifica com nenhuma crença ou tradição “capaz” de fazer crescer o senso de responsabilidade e o respeito pelo próximo. Estão sozinhos. 
A única coisa que parece ter valor é o emprego, quanto antes. Trabalhar muito, porque a economia cresce, frequentar a faculdade, onde não necessariamente se pensa ou se estuda – porque o tempo e as energias que sobram para pensar e estudar são poucas. Enfim, o que importa mais é consumir, sem saber o que desejar...
Isso, em muitos casos, conduz a uma vida sem alicerces, sem sentido, sem a capacidade de construir relações significativas, de descobrir um conteúdo válido para a vida, o que pode levar, muito cedo, ao uso de droga. Alguns a experimentam, outros chegam a consumir, de uma forma compulsiva, substâncias que estragam a saúde em períodos de tempo cada vez mais curtos, acelerados. Quem assume a responsabilidade de ser o samaritano
Existem, de fato, pessoas, comunidades de vida, organizações religiosas e leigas que procuram dar uma resposta, escutar, enfaixar as feridas, salvar. Mas não basta. Também não é suficiente se indignar ou apontar o dedo contra iniciativas erradas: “Eles é que são os culpados! Nós estamos do lado certo da barricada!”. 

Se um jovem da nossa cidade, qualquer jovem – pobre ou rico, de rua ou de boa família, do centro ou da periferia... – cai nas mãos dos assaltantes acima mencionados, deveríamos parar por um momento e refletir sobre as causas, pensar, repensar um pouco as nossas certezas e nos perguntar: “O que está acontecendo?”, “O que não estamos enxergando?”, “O que estamos deixando de fazer?”...   
A esperança precisa de mais “esforços” de nossa parte, de uma busca mais profunda, precisamos entender qual é o “antídoto” que podemos jogar neste sistema multiplicador de causas de “não vida”. Que tipo de proposta fazer aos jovens que os mantenha afastados deste mercado gigantesco que os quer dependentes e não livres para sonhar e mudar o mundo? Como instaurar um círculo virtuoso que possa ajudar um jovem a viver de verdade, para que se torne ele próprio um sinal de vida, sólida, séria, concreta? A sociedade precisa de mais jovens que digam “CONTA COMIGO”! 
É evidente, sobretudo nestes dias, que ninguém tem a solução ou a receita pronta. Precisamos estar dispostos a percorrer um trecho de estrada com todos aqueles que estão seriamente procurando, porque a questão dos jovens, que são o presente e o futuro deste país, deveria interessar a todos. A esperança, às vezes, se apresenta em encontros imprevistos, em soluções “impossíveis” ou em trabalhos que parecem estar longe do contexto atual, do interesse maior da mídia, mas que, no silêncio, acendem pequenas luzes, novas ideias, uma nova cultura
Enquanto isso, continuamos a manter a responsabilidade de amar e acolher centenas de pessoas por dia, muitas das quais também são jovens inseridos neste contexto e que necessitam do “antídoto” da esperança. Mas para que este “antídoto” se concretize é preciso contar com mais mentes, com mais braços, com mais ombros fiéis, equilibrados, plenos de Deus, enfim, com mais samaritanos
Simone Bernardi - Fraternidade da Esperança

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