O IMPOSSÍVEL NÃO EXISTE. Mas para chegar ao possível...

Pubblicato il 06-08-2014

di ARSENAL DA ESPERANÇA

Bom dia! Todos nós temos dúvidas e certezas. Todos nós vivemos em uma confusão porque cada vez que pensamos em alguma coisa, há alguém que é capaz de desmontá-la e fazer-nos entender exatamente o contrário. E esse é um modo certeiro para estar imóvel, para não fazer nada, para não se comprometer.

Mas se nós começamos a raciocinar... Por exemplo: se eu penso na política, imediatamente me vem em mente Benigno Zaccagnini (foto abaixo)*. Um homem estupendo, honesto, extremamente íntegro. Assim, automaticamente eu penso: “se eu tivesse que fazer política, teria um modelo a seguir. Eu gostaria de ser como ele e faria de tudo para ser como ele”. Com isso, as dúvidas se tornam uma certeza absoluta: eu vi um homem que foi capaz de não roubar, de não fazer favoritismo.

Penso nos padres. Meu Deus! Eu os vi de todos os jeitos. Mas se paro para pensar, lembro de Dom Luciano Mendes de Almeida, de Padre Michele Pellegrino, de tantas pessoas estupendas. Digo a mim mesmo: “se eu me tornasse padre, já teria um modelo a seguir”.

Nós temos dúvidas, mas de tempos em tempos precisamos chegar a uma certeza, a uma certeza objetiva, que se possa tocar com a mão. Nós podemos sempre entrar nas dúvidas, nas certezas, nas várias situações, mas devemos procurar uma bússola para saber como nos orientar. 

Outra bússola, por exemplo, que me ajudou muitíssimo foi Madre Teresa de Calcutá. Quando a conheci lhe pedi um conselho, e ela prontamente ‒ porque ela era uma mulher de Deus, como outras pessoas que encontrei ‒ me deu uma resposta simples: “Lembre-se, Ernesto, que cada um raciocina baseado nas próprias conveniências. Cada um raciocina baseado na podridão que tem dentro de si”. Ótimo. Agora, cada vez que me acontece de julgar alguém, eu penso: “é a podridão ou a beleza que está trabalhando em mim?”. E já isso me dá uma tranquilidade, uma certeza.

O homem precisa de certezas que não o façam tornar-se fanático. O homem precisa de certezas que não o façam sentir-se melhor que os outros. A certeza é entender a estrada. Entender a estrada porque é possível percorrer um caminho ‒ também hoje muito confuso ‒ em direção à luz, mas para isso é preciso realmente querê-lo.

Um outro conselho que me dou é este: quando precisamos falar com pessoas doentes ou com pessoas difíceis, como fazer para falar com essas pessoas que não nos querem escutar? Bem, eu não tenho a receita. Sei, porém, que se eu conseguir falar ou calar imaginando, mas concretamente, que estou à presença de Jesus, talvez eu consiga calar mais, talvez consiga falar pouco, talvez consiga não dizer nada. Com o meu corpo à presença de Deus, pode ser que, por meio do meu silêncio, eu consiga dar àquela pessoa que tenho diante de mim, que naquele momento é insuportável ou inacessível, alguma ideia.

Muitas coisas nos atingem, mas se vivemos à presença de Deus, se pessoas realmente estupendas nos tocaram o coração, então podemos dizer que o impossível não existe. Mas para chegar ao possível é preciso fazer um esforço enorme.

Bom dia, caros amigos! “Maria, é dos jovens”...

E um bom dia especial para aqueles entre nós que têm medo, aqueles entre nós que estão doentes, aqueles entre nós que estão preocupados porque podem ter uma doença incurável. Nós estamos perto. Nós estamos juntos. E essas pessoas sabem que podem pensar em nós, nos telefonar em qualquer momento do dia e da noite porque certamente estaremos juntos, certamente calaremos juntos, certamente esperamos juntos.

Bom dia, vos quero bem! Bom dia, te quero bem!
Ernesto Olivero
Buona Giornata do dia 24/07/2014

* Benigno Zaccagnini (1912-1989) foi um político italiano, secretário geral do partido da Democracia Cristã. 

O “Buona Giornata” é uma reflexão que parte do coração de Ernesto Olivero, fundador do SERMIG - Fraternidade da Esperança, e se dirige ao coração de todos aqueles que se inspiram na espiritualidade dessa Fraternidade. É uma reflexão que nos ajuda a procurar e a viver a Presença de Deus nos acontecimentos de cada dia. O seu estilo é o de uma família aberta ao mundo: como acontece em uma família, as questões são tratadas com uma linguagem simples e próxima. Por isso, nas palavras de Ernesto às vezes aparece sofrimento, às vezes alegria, às vezes um olhar crítico... Mas sempre em busca do "ponto de vista de Deus".

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