O outro se torna o meu espelho... O outro se torna eu...
Pubblicato il 03-11-2014
Bom dia!
Caros amigos,
A vida é longa, curta, intensa, cheia de surpresas... Mas quando consigo viver o instante que tenho diante de mim, a ocasião que tenho diante de mim, a pessoa que tenho diante de mim, e quando não coloco o meu eu à frente do instante que estou vivendo, a vida ganha imediatamente uma nova dimensão. O outro não é uma pessoa, o outro não é um homem, não é uma mulher: o outro se torna o meu espelho. O outro se torna eu. Se eu fosse o outro, como gostaria de ser olhado? Se o outro fosse eu, como eu gostaria de ser ouvido?
Se nós vivemos dessa forma, a vida se torna mais simples, se torna menos complicada, porque frequentemente a complicação é o eu que quer aparecer. E nós temos, por experiência, a opinião de que o eu é sempre um péssimo companheiro. Quando o eu se torna nós, quando desaparece, quando se torna uma ocasião, o instante me faz entender que eu posso fazer alguma coisa... Porque o tenho diante de mim, não é teórico, não é um pensamento: é um rosto. Sou eu diante de mim.
Eu gostaria realmente que cada um de nós pudesse viver um bom dia, e creio que podemos viver um bom dia se temos o desejo de tornar esse dia bom também para o outro que encontraremos. Talvez o outro nos traga um problema muito maior do que nós; mas se o outro não é um problema, e sim uma ocasião, ele pode se tornar uma bênção.
Bom dia, lhes quero bem! Bom dia, lhe quero bem!
Ernesto Olivero
Buona Giornata de 30/10/2014
* O “Buona Giornata” é uma reflexão que parte do coração de Ernesto Olivero, fundador do SERMIG - Fraternidade da Esperança, e se dirige ao coração de todos aqueles que se inspiram na espiritualidade dessa Fraternidade. É uma reflexão que nos ajuda a procurar e a viver a Presença de Deus nos acontecimentos de cada dia. O seu estilo é o de uma família aberta ao mundo: como acontece em uma família, as questões são tratadas com uma linguagem simples e próxima. Por isso, nas palavras de Ernesto às vezes aparece sofrimento, às vezes alegria, às vezes um olhar crítico... Mas sempre em busca do "ponto de vista de Deus".