Problema ou oportunidade? (Ernesto Olivero)

É importante compreender o porquê dos nossos sacrifícios. Nós deveríamos, de verdade, eliminar a preocupação. Por quê? Porque tudo aquilo que nos acontece, acontece porque Deus nos ama. Há um problema? Não é um problema, mas sim uma oportunidade. O Senhor quer que olhemos esse problema com olhos diferentes e se o olharmos, de verdade, junto com Ele, compreenderemos que não é um problema... é um modo deferente com o qual Ele vem ao nosso encontro e quer a nossa criatividade.

Por isso, em cada momento, nós... eu que me chamo Arianna, eu que me chamo Gianfranco, Rosanna, Simone, Lorenzo, Chiara, Thaís, Claudia... eu não estou sozinho, eu estou vivendo isso – que chamamos de “problema” – com Deus. Então, com Ele, pergunto: como devo encará-lo? Me da a força, me da a intuição... Então nada deveria nos perturbar, porque nós estamos vivendo esta história por Deus e não por nós. Nós sabemos que não estamos vivendo essa aventura para ganhar dinheiro, popularidade, para nos tornarmos famosos... nada disso nos importa.

Se sairmos nos jornais, e isso pode ajudar, muito bem, agradecemos... se nos ignoram ou falam mal de nós, por mais difícil que seja devemos agradecer também... Nós nunca maltrataremos ninguém, nunca enganaremos ninguém, nunca falaremos mal de ninguém. Os outros podem até falar mal de nós... mas quantas vezes falaram mal de Jesus? E Jesus continuou sendo Jesus.

Portanto eu quero continuar sendo apaixonado por Jesus, por Nossa Senhora, pelo Espírito Santo, apaixonado por Deus. A característica de nós do Sermig, da Fraternidade da Esperança, deveria ser esta, pobres como somos, mas ricos de Deus. Com dúvidas em tantos momentos, mas certos do amor de Deus. Com isso as preocupações nos abandonam imediatamente. Se na Fraternidade há um problema... tentamos ver se não é o Senhor que bate em nossa porta para nos presentear com uma grande oportunidade.

Vocês sabem o quanto eu sou pragmático, quanto sou severo nas coisas que precisam ser feitas... mas dentro de mim tenho esse um amor, essa atitude, que me da muita paz e eu, tendo paz dentro de mim, talvez possa levar paz a muitos outros, com o silêncio, com o olhar, ou com uma palavra... Também hoje, que é domingo, nas nossas casas vieram centenas de pessoas a trazer seus problemas e muitas dizem: “Se eu não venho aqui, onde vou?” Não temos tempo de conversar com todo mundo? Mas só nos olhando, estas pessoas deveriam entender que somos homens e mulheres de oração, não extraordinários, mas que, de uma forma normal, estão vivendo a amizade com Jesus.

Dediquemo-nos por inteiro, de verdade... não nos enganemos. Assim ajudaremos muitas crianças, muitos jovens “a retornar a casa”, como nos sugeriu Madre Teresa de Calcutá.

“Buona Giornata” aos amigos da Jordânia, do Brasil, de Bonate, Genova, Napoli, Bari, Milão e de qualquer outro lugar que Deus nos sugerir. Buona Giornata também aos amigos de Turim, com os quais compartilho mais de perto esta história de Deus...

Te quero bem, os quero bem.

Ernesto