Professores voluntários dão aula de português para IMIGRANTES e refugiados
Pubblicato il 08-11-2013
![](/media/news/blog_professores-voluntrios-do-aula-de-portugus-para-imigrantes-e-refugiados_aulasdeportuguc3aasparaimigranteserefugiados-arsenaldaesperanc3a7a1.jpg)
O nosso contato com eles foi se intensificando, inicialmente nas aulas para os oriundos do Haiti e em seguida, com a formação de duas novas salas compostas de alunos africanos, que se tornaram a maioria dos estrangeiros acolhidos na casa.
![](/media/news/blog_professores-voluntrios-do-aula-de-portugus-para-imigrantes-e-refugiados_aulasdeportuguc3aasparaimigranteserefugiados-arsenaldaesperanc3a7a3.jpg)
![](/media/news/blog_professores-voluntrios-do-aula-de-portugus-para-imigrantes-e-refugiados_745602.jpg)
![](/media/news/blog_professores-voluntrios-do-aula-de-portugus-para-imigrantes-e-refugiados_aulasdeportuguc3aasparaimigranteserefugiados-arsenaldaesperanc3a7a2.jpg)
A partir da necessidade premente de aprenderem a língua portuguesa do Brasil, brotou a nossa percepção da angústia que sentem por não serem entendidos e de não compreenderem o que o outro fala. Sempre nos impressionou este sentimento de desamparo e igualmente a sua gratidão por tudo que têm recebido no Arsenal da Esperança, que é, atualmente, a instituição que detém o maior número de estrangeiros acolhidos na cidade de São Paulo. Nesta casa eles encontraram a presença da amizade e da solidariedade que ajudam a superar o estranhamento de quem deixou hábitos, amigos, vizinhos, a paisagem natal, as festas, a maneira de vestir e até o modo de louvar o seu Deus.
![](/media/news/blog_professores-voluntrios-do-aula-de-portugus-para-imigrantes-e-refugiados_aulasdeportuguc3aasparaimigranteserefugiados-arsenaldaesperanc3a7a4.jpg)
Na pesquisa dos materiais a serem utilizados nas aulas chega-se à compreensão de que ao ensinarmos uma língua determinada, transmitimos, ao mesmo tempo, valores, costumes, maneiras de pensar e de agir de um povo. Nesse sentido, há um esforço para ambientar e integrar os estrangeiros na cultura brasileira, considerando as diferenças culturais e o fato de que trazem para a sala de aula uma percepção particular do mundo, histórias distintas, bagagem cultural e interesses diferenciados.
Nesse momento formamos uma equipe de professores voluntários, todos bastante entusiasmados com o trabalho. O relacionamento com esses homens que vieram de longe, trazendo sonhos, esperanças, culturas variadas, desconhecidas e exóticas, nos fez constatar ao vivo e a cores, não somente as dores do Haiti e da África, mas também a dignidade e a coragem desses imigrantes que vieram para trabalhar e para simplesmente viver. É a certeza plena de que nós, da raça humana, somos todos iguais, não importando a etnia, a cor da pele, a religião. Todos temos as mesmas necessidades, os mesmos desejos, as mesmas tristezas e alegrias. Daí a premência da acolhida, do diálogo, da vida compartilhada através da possibilidade de uma comunicação de paz.
Beatriz Lipskis
Sônia Maria de Freitas Altomar