Páscoa 2012 - Carta de Ernesto Olivero

Pubblicato il 02-04-2012

di ARSENAL DA ESPERANÇA

Nesta terça (03), Ernesto Olivero estará participando do encontro Damos voz à Palavra. Esperamos por você. 20h, no Arsenal da Esperança

Queridos amigos,
Nunca é tempo de parar de sonhar, de fazer projetos, de nos perguntar o que faremos em cinco, dez anos. O que faremos quando crescermos.
Fechada em minhas mãos, uma semente não serve para nada. Se a escondo em uma terra boa, eis que ela será capaz de se tornar rebento, planta, árvore que dá flores, frutos, sombra a quem passa. Para saber o que eu serei, o que eu farei quando crescer, devo perguntar-me se sou apenas uma semente, ainda estéril e seca ou se estou me tornando uma planta. Seremos aquilo que o amor regou; e a água, somos nós que a faremos fluir. Com um SIM.

O homem foi feito para o amor, não paro de acreditar nisso. Encontra paz somente se ama, se aprende a amar, se se deixa amar, se ensina a amar, se o amor o rega e o faz crescer e faz o seu coração sempre maior, capaz de criar comunhão. Diz o Senhor que onde estão duas pessoas que o amam, pelo menos duas, Ele está ali. Mas eu sou capaz de viver com o outro, sou capaz de amá-lo, ou crio divisão, medo, julgamento? A comunhão entre nós e com o Senhor, é preciso buscá-la, desejá-la com força. Com a força do amor.


Perguntemo-nos: o que eu teria feito na noite em que Jesus foi traído, sabendo que estava para ser traído e por quem o amava mais? Teria amaldiçoado o traidor, teria meditado a vingança, teria pensado que nem ele nem ninguém me merecia, teria chorado sobre mim mesmo, ninguém mais desgraçado do que eu... E o que Jesus fez? Fez-se pão. Partiu-se, deu-se como alimento. Fez-se semente de amor na terra do ódio dos outros, para que o amor ressurgisse e vivesse para sempre.


Quem encontrou realmente Jesus no mais profundo de sua consciência, ama, não pode fazer nada menos que amar. Onde está, procura criar comunhão. Vive derretendo-se de compaixão por todos, da maior à menor das criaturas. Sabe sorrir com um sorriso bom como o pão. Serenamente, a cada ocasião, coloca seu “eu” debaixo de seus pés, e ainda assim é a pessoa mais realizada da terra, que se tornou como Deus a pensou: uma pessoa bonita, de uma beleza quase sobrenatural, com uma luz interior que ilumina e pacifica a porção do mundo em que vive. Dá vontade de assemelhar-se a ela, de ser como ela.


E é possível. Basta dizer o primeiro SIM. SIM ao amor: porque amar o outro que vejo não é contra o amor próprio, mas é amar também a mim, é desejar que o meu “eu” cresça feliz e plenamente. SIM à esperança no bem: porque sobre o que fazemos por amor não temos nenhum poder, nem sabemos se se torna de verdade bem, mas somente assim entregamos a Deus a nossa esperança e será Ele a fazer ricos, a nós e aos outros.


SIM a consumir-me, SIM a utilizar toda minha força, SIM a dar a fundo perdido: porque o mar de misericórdia com o qual o Senhor nos envolve, nos submerge, não para nos oprimir, mas para nos fazer subir em um trono de glória. SIM a Jesus, a cada instante, mesmo quando formos ofendidos, humilhados, incompreendidos, traídos, equivocados, perseguidos, ignorados, considerados menos do que nada: porque então seremos de verdade os prediletos de Jesus.
É o único Deus que morre para nos tornar maiores do que Ele, livres como Ele. Livres, sobretudo, de nós mesmos, do “eu” ávido, egoísta, amedrontado que gostaria que comêssemos pó e olhássemos somente para baixo.


Nós, queridos amigos, queremos olhar o céu, acima e dentro de nós. A Quem o habita e nos habita queremos dizer de novo SIM. Gostaria de fundar novamente o Sermig com estes novos SINS e recomeçar uma nova aventura. SIM ao amor entre nós que nos faz encontrar a cada dia o Senhor presente, SIM ao amor por quem bate à nossa porta, SIM à beleza da compaixão recíproca que se torna atração para os outros, SIM a cada “não” que recebemos e receberemos, SIM com a alegria de quem sabe que somente através da prova, o amor humano se transforma em amor divino. SIM ao entusiasmo de quem se dá conta de trabalhar, não em um campinho de sua propriedade, mas na imensidão do campo de Deus. Sins que aceitam conhecer também nãos, por amor, não por frustração, para que esta beleza de Deus torne-se e permaneça beleza de Deus e não a mesma coisa já vista que desmorona como areia.


Um SIM pode ser para sempre e não entrar nunca no tédio se for capaz de comover-se, se for capaz de amar perdidamente e sentir já saudades. Muitos SINS tornam-se aguados, traem, caminham ao contrário de como foram pensados por Deus. O SIM que espera algo em troca torna-se desiludido, o SIM que se doa constantemente a Deus e espera tudo somente d´Ele não encontrará nunca nenhuma desilusão, tornar-se-á mais verdadeiro, mais sólido, mais seguro. É uma escolha de cabeça, de coração, de inteligência, de sabedoria, de história e é a este SIM que gostaria que todos nós ambicionássemos com todas as forças, porque é este que nos dá estabilidade, junto a tantas lágrimas e, às vezes, a alguma alegria. Deus opera com quem lhe diz: “Eu estou aqui” e não em quem vacila: “Se tudo vai bem, eu estou aqui”. “Eu estou aqui e você o sabe!”


Queridos amigos, estamos em um dos momentos mais especiais da criação. As forças do mal não estão felizes com o Sermig e com os Arsenais presentes e futuros e utilizam-se de todas as suas potencialidades para nos confundir. Peço a cada um de nós para rezar mais, que se faça envolver pela oração. Somente se a oração nos envolve, vencemos juntos. O Pai, Jesus, o Espírito Santo, Maria já venceram. Mas esta luta deve ser contínua, este desejo de abandono deve ser contínuo, não deve encontrar um momento sequer de pausa.


Imploro-vos, como pai, como fundador, como amigo: não levemos estas palavras com leviandade. Entendo sempre mais que o dom da Espiritualidade da Presença, Deus Pai o doou a nós, porque de nós espera grandes coisas. Portanto, peço a vocês que leiam novamente a Regra, saboreiem a intuição que o Senhor nos deu e depois façam com que ela opere em nossas vidas. A nossa Regra é um carinho de Deus, cabe a nós fazê-la viver, sem nunca desistir, nem mesmo por um instante, do nosso abandono e da oração confiante em Deus.


É Páscoa. O tempo passado terminou, e eu quero renascer por amor a Deus, por amor ao SIM que Deus nos presenteou. Por amor!
Ernesto Olivero


Ernesto Olivero
Fundador do SERMIG – Fraternidade da Esperança

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