“Quem é Dom Luciano Mendes?”

Pubblicato il 29-08-2012

di ARSENAL DA ESPERANÇA

Começamos o encontro de hoje (28) com essa pergunta... Difícil de responder, mas necessário! Quem não conheceu Dom Luciano hoje saboreou um pouco da vida deste homem que atravessou a história religiosa, política, econômica... do Brasil e do mundo pelo qual “passou fazendo o bem”. Não sendo possível reproduzir aqui  testemunhos, histórias, documentos e, sobretudo, as emoções do encontro, publicamos algumas linhas extraídas do livro de Ernesto Olivero “Unidos em favor da Paz: diálogos com D. Luciano Mendes de Almeida” em que ele mesmo se apresenta... 

“Em primeiro lugar, sinto-me chamado a viver o momento presente, sem perder, é claro, a visão do futuro. Sou um homem apaixonado pelo presente, enquanto sei que o presente não volta mais! O passado tem o seu valor, sem dúvida, na unidade da pessoa; o futuro possui a novidade da surpresa, mas o presente, o que é? É aquele momento de transparência da consciência no qual a pessoa é chamada a entrar em comunhão com Deus no evento, a partilhar o sofrimento e a alegria na presença de Deus. Isso me parece bonito: de um lado, porque a pessoa tem sempre alguma coisa a fazer, sendo chamada a viver o desafio do momento presente; do outro, tem um pouco de paz, porque cada momento leva consigo uma beleza especial, um pouco da Graça de Deus.

Outra característica minha é que me deixo envolver mais pelo sofrimento do que pela alegria, não porque o sofrimento seja maior do que a alegria, mas porque, sabendo com certeza quanto no mundo o sofrimento esteja presente no coração dos homens, sinto vergonha de viver momentos de alegria. Parece-me que a alegria que existe no seja um sinal daquela mais plena que um dia teremos, mas que hoje o chamado mais forte seja o de partilhar com os outros os momentos difíceis, o sofrimento, e, exatamente, o momento presente.

Partilhar com os outros o sofrimento faz crescer em nós a experiência do amor. Sinto-me chamado a viver o presente e, no presente, partilhar o sofrimento, a doença, a solidão e também a consciência que a pessoa pode ter do seu sofrimento, de sua pobreza.  

Depois de um dia de trabalho, estou cansado; porém, embora saiba que no dia seguinte terei várias coisas para fazer, se encontro uma pessoa que sofre, sinto-me impulsionado a ir visitá-la à noite. Nem todos entendem quanto é importante para mim a vontade de conhecer a grandeza de certas situações que, talvez, segundo outras categorias humanas, parecem pequenas. Não entendem que essas coisas me dão uma força nova para enfrentar os compromissos do dia seguinte.

Outra característica de minha pessoa é uma mistura de amor por esta vida e de desejo da outra vida. Amor a esta vida, porque há muito a fazer; desejo da outra, porque é este mundo, onde há o pecado, que nos faz sofrer. É a mistura do presente com o futuro prometido, que impede a vida de ser plena, enquanto a empurra para aquilo que ainda não existe; da mesma maneira, faz com que se nos manifeste a verdade do nosso ser e, ao mesmo tempo, a sua característica imperfeição”.

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