Quem olha a lua?

Pubblicato il 11-09-2009

di ARSENAL DA ESPERANÇA

"Buona Giornata",
Nesses últimos sete dias encontramos milhares de pessoas. Lembro de pessoas que encontrei em Paris, em São Paulo, em Belo Horizonte, em Mariana, em Ouro Preto, no Rio de Janeiro, em Recife, em Aparecida, em Turim, em Roma, em Frascati, em Pesaro, em Rimini, em Ravenna... enfim, milhares de pessoas. Nesses sete dias realmente compreendemos o que quer dizer “comoção”.

Compreendemos através de Antonio - um rapaz de 16 anos que em Frascati fez chorar toda a assembléia - o que é preciso fazer na vida. Se conseguíssemos ter esse rapaz em mente... Antonio, como Santo Antonio de Pádua, que me ensinou a amar com o coração de Deus. Se aprendêssemos a amar com o coração de Deus, nós que somos cozinheiros, ou que servimos no refeitório, a nossa alegria estaria no servir. Nós que somos administradores, o faríamos para servir... poderíamos nos servir uns aos outros, amando-nos: limpando o chão, amo, servindo no refeitório, amo. Esta é a comunidade ideal que o Senhor nos propõe continuamente.


Nós temos um grande desejo nestes dias: organizar um Encontro Mundial para fazer com que o mundo pense. Conseguiremos organizar esse Encontro na medida em que servirmos, na medida em que – enquanto caminhamos, enquanto viajamos de avião ou escutamos uma pessoa – permanecemos, de verdade, na presença de Deus. Mas devemos saber que assim como há o bem no meio de nós, há também o mal. O mal se esconde na dúvida, na inveja, no preconceito, no juízo que acabam com qualquer vocação. Eu vi vocações extraordinárias morrer, se perder por nada!

Tinha um sábio que dizia: “Há quem olha a lua e quem olha o dedo. Quem olha o dedo não olha a lua. Quem olha o dedo vê só o seu nariz, vê só a si mesmo”. Eu sonho com uma comunidade – que já existe, já foi “semeada” em nosso meio – que serve continuamente. Nós somos responsáveis também pelas amizades que encontramos, que nos indicaram que há sempre uma lua, um sol, um horizonte maravilhoso por aí.

Dom Luciano, o amigo mais precioso que a Providência nos deu, nos ensinou esta pequena frase: “Posso ajudar? Posso servir?”. Então, em todos os nossos trabalhos, se o fazemos para servir, para amar, o horizonte se amplia constantemente ao nosso redor, e quando encontramos um rapaz de 16 anos de nome Antonio, ele poderá ver em nossas palavras os seus sonhos realizados e chorar de comoção e fazer todos chorarem.


Portanto eu gostaria de agradecer de verdade o Senhor por esses dias, por esses quase 40 mil quilômetros percorridos que, mais uma vez, marcaram muito a nossa vida, a minha vida, portanto: “Buona Giornata, Antonio! Te quero bem!”. Rezemos juntos por este Mundial.

Eu gostaria que nós de Madaba, de São Paulo, da pequena cidade de Bonate – que eu não esqueço, onde está começando uma luta maravilhosa para tornar-se um grupo excepcional – nós de Turim, Milão, Bari, Napoli, lá onde estivermos, nos perguntássemos: “Eu estou servindo os meus amigos? Estou amando os meus amigos? Ou quero somente ser servido e amado?”. Amados, amamos... Buona Giornata, os quero bem.

Ernesto Olivero (fundador do Arsenal e da Fraternidade da Esperança)

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