SERMIG 50 ANOS, mas acabamos de começar...(Carta aos amigos - Ernesto Olivero)

Pubblicato il 31-05-2014

di ARSENAL DA ESPERANÇA

Caros amigos, 50 anos em um amém. 50 anos de amizade com Deus. No começo, uma amizade inconsciente e jovem, mas já plenamente verdadeira. Enquanto nós crescíamos lentamente, a Sua mão, a mão de Deus, o Seu rosto se deixava entrever e depois ver face a face por meio do rosto dos primeiros amigos que se apaixonaram, belos, fiéis, puros. Depois, por meio do rosto de tantos outros amigos e, principalmente, por meio do rosto de milhares de pessoas sofredoras. Os sofrimentos nos atingiram e também atingiram o nosso entusiasmo, desde o começo. Mas aprendíamos debaixo dos golpes covardes que por trás de cada sofrimento havia um encontro com Deus, havia a misericórdia de Deus que nos queria crianças e maduros, frescos e lúcidos, sonhadores e realistas.

50 anos de história com Deus. A nossa tarefa agora é continuarmos fiéis e firmes como rochas, de uma fidelidade humilde a cada instante. Só assim podemos cumprir o que Deus sonha: que quem nos veja viver possa encantar-se conosco, porque um punhado de mulheres e homens que se mantêm puros demonstra que Deus existe e é amor. Só quando encontra fidelidade e pequenez é que Deus faz maravilhas.

Sou tímido, ignorante e atrapalhado, e se Deus me fez crível é porque sou um desaparecido no coração de Deus. Sou alguém que cometeu mil erros e os reconheceu, pedindo cada vez desculpa, pedindo cada vez a graça de reerguer-me e recomeçar, de não me render, de continuar acreditando no amor. E Deus sempre veio preencher a minha fraqueza.

50 anos, mas acabamos de começar. Jamais existiram divisões entre nós; brigamos, discutimos acaloradamente, mas no fim nos reconciliamos, e a verdade segue em frente. Porque mantemos o nosso coração cheio de Deus. Somos unidos entre nós e com Deus misericórdia. Ele espera em nós, cheio de esperança que todos possam reconhecê-lo como fim último e causa primeira.

Agora é o momento de nos unirmos ainda mais entre nós e de nos apegarmos ainda mais a Deus, de nos abandonarmos mais. É o momento de contarmos ainda menos com as nossas forças pessoais, que podem faltar, de não nos atemorizarmos com as nossas fraquezas. Somos pequenos, inseguros, medrosos. E agora? É só diante da consciência do nosso nada que Deus age e faz grandes coisas. Quantas lágrimas, quantas pessoas violentadas pela vida Ele nos manda para que as consolemos!

Vivemos em um tempo difícil, mas não pior que os outros. Neste mundo de ovelhas perdidas nós queremos ser porta sempre aberta, braços escancarados. Ninguém deve jamais encontrar em nós uma porta fechada, um “ocupado”, um “volte amanhã”, um “para você aqui não há lugar porque você não pensa como nós, porque você chama a Deus de um modo diverso do nosso”. Ninguém deve encontrar em nós raiva ou desesperança.

A nossa tarefa é nos tornar alimento, nos tornar pão para cada pessoa que tem fome de Deus, mesmo que essa pessoa não saiba, não importa se ela acredita ou não acredita, se chama Deus por mil modos diversos ou se o ignora. A nossa tarefa é ser como somos, um relógio sem horário, um número pequeno, gente simples e frágil.

Se a nossa fidelidade de todos os dias fizer que alguém experimente o sabor de um mistério ou fizer surgir uma pergunta em algum coração, os nossos 50 anos se tornarão eternidade no coração de Deus.

Obrigado, amigos. Nós nos bendizemos reciprocamente com muito afeto e reconhecimento.

Ernesto Olivero

Turim, 24 de maio de 2014.





Questo sito utilizza i cookies. Continuando la navigazione acconsenti al loro impiego. Clicca qui per maggiori dettagli

Ok