CF 2014: “liberdade” é uma porta sempre aberta...
Pubblicato il 18-03-2014
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Disposta a tudo, para que seu filho pudesse nascer
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Depois que os da organização souberam, querem que ela faça um aborto, estão tentando de todos os modos. Já acabou indo ao pronto-socorro duas vezes; batem nela, fazem-na beber misturas. Ele não sabe o que fazer. Mary — continua ele — quer ter seu filho, está disposta a tudo desde que ele nasça, mas tem medo. Um medo que a deixa apavorada.
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Lentamente, começa a contar, em voz baixa, entre soluços. Foi arrancada de sua terra para uma troca, um revezamento com uma outra mulher da sua família, cansada da vida que levava na Europa. Tinham lhe falado que iria para a Alemanha para a colheita de frutas!
Viu-se na rua antes de ter tempo de entender. Tem um rapaz de quem é namorada, essa criança é dele, logo percebeu. Gostaria de voltar para casa, mas precisa pagar uma fortuna à organização e, se não o fizer, farão mal à sua mãe, aos seus irmãos, a ela. Uma fortuna para voltar livre, esse é seu preço.
Para pagar deve trabalhar e para trabalhar deve se desfazer da criança, é o que lhe disseram todas as mulheres do seu círculo. Agora Mary consegue até sorrir, mas sua dificuldade passou toda para mim. Penso com raiva de que mal é capaz o homem em seus interesses. E nós? Como ajudá-la? Como proteger a criança?
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[Ernesto Olivero]
(*) Este texto é parte do livro: "Deus não olha o relógio" – Ed. Loyola.