Sentimos a presença de DEUS que CAMINHA conosco...

Pubblicato il 30-09-2011

di ARSENAL DA ESPERANÇA

No Mês da Bíblia, percorremos o "Livro da Travessia" (Ex 15,22-18,27), motivados, também, pela passagem da Cruz da JMJ. Procuramos ouvir a Voz de Deus através de Sua Palavra e, a partir Dela, observarmos o que está acontecendo em nossas vidas... 
Na caminhada que o Livro do Êxodo nos propõe, vemos nossa fé mudar e se tornar mais verdadeira, pois começamos a nos questionar e a perceber que Deus não é apenas aquele que nos dá o que precisamos – comida e bebida, maná, codornizes e água – mas é Alguém que nos pede também: tem fome e pede nosso ser, nosso agir; tem sede e pede que o possamos saciar, tem sede de nós e de nosso amor.
Ao longo da travessia percebemos que o que conta não são as nossas condições permanentes ou atuais – boas ou não – mas a confiança em Deus. É ele mesmo quem afirma no (Ex 17, 6) : “Eu estarei diante de ti”. Mas a tentação da murmuração continua. Primeiro a fome, depois é a sede... 

No primeiro encontro refletimos sobre a realidade da fome material, como ela é cruel, desestrutura e desumaniza homens e mulheres e toda a sociedade. Mas também fomos convidados a pensar e a nos perguntar sobre as nossas próprias fomes, em sentido mais amplo e, de modo particular, sobre a fome espiritual. Fome daquele alimento que nos permite caminhar. “A minha alma tem sede de Deus” (Sl 63).
No segundo encontro o tema foi “O povo de Deus diante da sede”... No deserto, a água é preciosa, é garantia de vida. O povo de Deus, com memória fraca, já se esqueceu do que acabara de viver, o maná, as codornizes... A sede os domina e perdem a memória e murmuram acusando a Deus, origem e doador da vida, de querer matá-los! A murmuração chega, desse modo, ao absurdo, à mentira.
A resposta de Deus vem por mediação de Moisés: ele golpeia a rocha e daí brota a água. Muitos autores cristãos viram nesta imagem a cena de Jesus sendo golpeado pela lança. Nele, considerado a “pedra angular”, a “rocha da salvação”, seremos saciados pela água e sangue que jorram de seu lado aberto. É a água prometida à samaritana, é a água que cada um de nós tem desejo e necessidade. De outro lado, e de modo paradoxal, o mesmo Deus que nos saciará, tem sede de nós. “...Tenho sede...” (Jo 19,28).
A cruz da Jornada Mundial da Juventude nos colocou perante os sofrimentos da cruz de Jesus... A expressão “...tenho sede...” é uma palavra dramática e comovedora de Jesus na cruz. Madre Teresa de Calcutá afirmava que não bastava dizer que Ele nos ama, mas que Ele tem sede de nós, que Ele nos espera, que espera de nós um pouco da água que recolhemos para dar-lhe. Madre Teresa usava a seguinte imagem: Jesus está na cruz com sede e nós lhe damos de beber com nosso cálice cheio dos votos de pobreza, castidade e obediência. Assim saciamos a sede de Jesus!
Pensar assim provoca uma reviravolta em nossa fé. Nós que sempre esperamos receber coisas de Deus, agora temos que lhe dar! A fé sofrerá este processo de mudança em nosso relacionamento com Deus: agora sou eu que quero saciar a Sua sede! Por quê? Sobretudo por gratidão, pois ele sacia a minha sede de amor, de paz. Aqui se abre espaço para o serviço livre, desinteressado, gratuito e agradecido, o espaço da restituição... 
Obrigado Pe. Anderson, sj, por compartilhar conosco estas reflexões! 
Próxima terça, dia 04/10, abriremos o mês dedicado à missão... Esperamos por você! 

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